terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O "Q" da questão

As Produções Fictícias ganharam uma autorização para emitirem um canal de televisão através da MEO denominado "Q".
Ah e tal espectacular! Concordo e apoio esta iniciativa. Será uma espécie de Comedy Central mas à medida deles. Não se entende o pedido de autorização conter apenas o horário das 21h45 às 24h. Uma imbecilidade que a médio prazo vai carecer de novo pedido à ERC para aumento de horário de emissão. Podiam e deviam tê-lo feito já.
O próprio nome se presta a trocadilhos: "Olha já viste o "Q"? O quê o quê? O "Q"! Mas se não dizes o nome sei lá o quê é que estás a falar!" Uma bela ideia.
O que me surpreende é o nome da empresa que vai gerir a televisão das Produções Fictícias. A Má da Foca...
Para quem entende de humor dar este nome ou dizê-lo com sotaque inglês dá "A Motherfuker"...
Eu entendo a piada. Até eventualmente a aceitaria se não fosse apanágio destes senhores normalmente auto-censurarem-se em termos de palavrões em qualquer das suas plataformas de emissão quer seja de programas seus quer dos seus associados. Apregoam um português "limpinho" e depois lançam um canal de TV através duma empresa "bastarda"... Eu volto a frisar que entendo a piada mas vindo de quem tem a mania de fazer humor limpinho e deitar abaixo os "anedoteiros" tipo Fernando Rocha parece-me de uma falta de coerência monumental.
Espero que no seguimento desta sua nova posição perante a sociedade que passem também a deixar de tratar por doutores e engenheiros os eventuais convidados que o sejam nos seus programas de entrevistas.
Se vamos aligeirar ao menos que façamos tudo como deve ser e deixar por exemplo de ver os Gato Fedorento nomeadamente RAP a entrevistar políticos e a dizer "Sr Doutor" de 5 em 5 segundos.
E já agora espero que divulguem os autores menos conhecidos das PF porque com o Pina já ninguém aguenta... Dá dores oftalmológicas de dimensão apreciável ver o programa dele na SIC Radical.

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