domingo, 14 de março de 2010

Esperando por dias melhores

Este botequim já viveu melhores dias.
Esforço inicial partilhado tornou-se uma corrida de fundo solitária.
Essa imensa minoria que nos acompanha diariamente vai basicamente sentir tanto a nossa falta como das bolachas de água e sal, mas de qualquer forma não é um ponto final.
Por enquanto vai ficando em banho-maria.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Andorra proíbe jornal português

A boçalidade não tem nada a ver com a cultura.
Não é por se obrigar a falar uma língua que as pessoas o farão.
É uma imbecilidade obrigar a práticas que em nada diferem de práticas opressivas de que tanto se queixa o governo do principado de Andorra. Confundir uma publicação que se destina ao mercado emigrante português com uma publicação espanhola e tratar os portugueses como eles próprios (ou como os seus vizinhos catalães ou mesmo bascos) foram tratados pelo governo central espanhol  é uma canalhice.
Estou demasiado a "quente" com esta ignomínia típica de um estadozeco ditatorial por isso ficará para breve uma crónica mais aprofundada sobre a matéria.
Para já o que tenho a dizer é que nenhum país (estado, região, principado...) que se considere minimamente civilizado pode impor a sua "cultura" (ou no caso de Andorra a falta dela) por decreto e proibir a dos outros em favor da sua. Isto teve um nome há 50 anos atrás e chamava-se Nazismo!

terça-feira, 2 de março de 2010

Trabalho quer-se precário

Um muito bom artigo de opinião.
Em tempos onde o patronato quer os benefícios da chamada "flexisurança" e nenhum dever da mesma.
Tentar aplicar aquele conceito em Portugal nem é uma questão de adaptação. É mesmo uma questão de civilização.
Tentar crer que protegemos demasiado o trabalhador, onde o salário mínimo é o mais baixo da zona Euro (e o salário médio já agora) e onde se pode já levar uma pessoa a trabalhar até 60 horas por semana é no mínimo absurdo. Com o acrescento de termos o mais baixo protector sistema de Segurança Social.
Esse mesmo patronato que ataca o mais pobre trabalhador da Europa regozija-se está visto com a escandaleira dos salários de directores gerais e administradores mais altos e com a maior diferença salarial (chega a 60 vexes dentro da mesma empresa) entre patrões e empregados, dessa mesma Europa que um dia prometeu igualdade das nações.
Agora que o desemprego chega aos 10.3% querem ainda mais ter liberdade de maltratar e vilipendiar o trabalhador. Mas como somos um dos países europeus com menor taxa de sindicalizados e como já nem quando nos tocam na algibeira nos mexemos pode ser que um dia passemos a legalizar o trabalho gratuito ou quem sabe para gáudio de alguns institucionalizar de vez a escravatura.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Cem continuação

E eis que se chegou à mensagem nº 100...
Neste completo acto de não sei bem o quê...
De andar aqui a debitar bits e bytes não se sabendo bem como...
Um exercício continuado num projecto descontinuado.

Novidades para breve.

Terramoto académico

Excelente artigo de opinião.
O irónico de tudo isto será um dia quando houver um terramoto em Lisboa a sério o que se salvará será provavelmente a baixa pombalina que tem mais de 200 anos de existência e foi pensada e executada, com tecnologia completamente inovadora à altura.
Hoje em dia limitamos-nos a ver os terramotos dos outros e ver articulistas, opinadores e mesmo jornalistas a ridicularizarem pareceres de técnicos que vêm alertando para o efeito há muitas dezenas de anos.
Quero aqui frisar o EXCELENTE trabalho que o Biosfera da RTP 2 tem feito na área da divulgação de trabalhos e investigações científicas levados a cabo por técnicos e universidades portuguesas.
Um país que vive de costas para a sua academia e que trata os académicos ao nível de uns semi-loucos só pode estar em rota de colisão com o seu próprio fim como nação e como cultura.

Militares "pensam"

Execrável.
O que não se entende é em nome de quem ou do quê, se desatou a dar espaço em jornais para certos militares virem verberar o que pensam.
Acaso esses militares andam com ideias?
Uma coisa é o que fizeram em tempos de ditadura (e por questões meramente salariais e de carreira). Outra coisa é o que espero não estejam a pensar fazer em plena democracia (coxa é um facto) mas ainda assim o poder não caiu na rua... O MFA já morreu e está bem morto!
Qualquer coisa me diz que certos militares portugueses sempre tiveram qualquer coisinha de cossacos.