terça-feira, 2 de março de 2010

Trabalho quer-se precário

Um muito bom artigo de opinião.
Em tempos onde o patronato quer os benefícios da chamada "flexisurança" e nenhum dever da mesma.
Tentar aplicar aquele conceito em Portugal nem é uma questão de adaptação. É mesmo uma questão de civilização.
Tentar crer que protegemos demasiado o trabalhador, onde o salário mínimo é o mais baixo da zona Euro (e o salário médio já agora) e onde se pode já levar uma pessoa a trabalhar até 60 horas por semana é no mínimo absurdo. Com o acrescento de termos o mais baixo protector sistema de Segurança Social.
Esse mesmo patronato que ataca o mais pobre trabalhador da Europa regozija-se está visto com a escandaleira dos salários de directores gerais e administradores mais altos e com a maior diferença salarial (chega a 60 vexes dentro da mesma empresa) entre patrões e empregados, dessa mesma Europa que um dia prometeu igualdade das nações.
Agora que o desemprego chega aos 10.3% querem ainda mais ter liberdade de maltratar e vilipendiar o trabalhador. Mas como somos um dos países europeus com menor taxa de sindicalizados e como já nem quando nos tocam na algibeira nos mexemos pode ser que um dia passemos a legalizar o trabalho gratuito ou quem sabe para gáudio de alguns institucionalizar de vez a escravatura.

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